Desvendando Mistérios: O Que Pode Ser Confundido com Autismo?

Descubra a Verdade: Além do Autismo, Conheça Outros Transtornos e Seus Direitos. 

É frequente depararmo-nos com situações que aparentam ser autismo, mas não são. 

Cuidadores de crianças com desenvolvimento atípico podem enfrentar sinais e diagnósticos incorretos.

Alguns transtornos do neurodesenvolvimento são erroneamente associados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), especialmente quando a criança apresenta dificuldades na comunicação, interação social, fala, desenvolvimento motor, entre outros. 

Embora esses sinais sejam indicativos do TEA, não garantem necessariamente que a criança esteja no espectro autista.

Isso é especialmente válido ao considerar a possibilidade de atraso no desenvolvimento, que, embora pareça autismo em alguns casos, nem sempre o é.

Atualmente, o conhecimento sobre o TEA tornou-se mais acessível, facilitando a jornada de descoberta das famílias. 

No entanto, o volume de informações disponíveis pode ser avassalador. 

Neste artigo, exploramos alguns sinais presentes em outras síndromes além do autismo:

  1. Quais são os Indícios do Autismo?
  2. O Que se Assemelha ao Autismo, Mas Não é?
  3. Como Identificar Traços de Autismo no Meu Filho (a)?
  4. TDAH e o Autismo: Entenda a Relação 
  5. Recebendo o Tratamento Adequado
  6. Como Uma Advogada Irá Te Ajudar Com os Seus Direitos

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  1. Quais são os Indícios do Autismo?

Os sinais de autismo podem manifestar-se nos primeiros meses de vida de um bebê, tornando crucial que a família esteja atenta aos marcos do desenvolvimento correspondentes a cada fase. 

A identificação precoce desses sinais permite a busca de ajuda, se necessário.

É importante destacar que a suspeita de Transtorno do Espectro Autista (TEA) não se restringe apenas aos cuidadores domésticos, podendo ser observada também por educadores e outros profissionais que acompanham a criança.

Os primeiros sinais de autismo geralmente emergem por volta dos 18 meses, com a possibilidade de diagnóstico antes dos 2 anos de idade. 

Mesmo nos primeiros anos de vida, as crianças no espectro autista exibem características distintas, tais como:

  • Foco excessivo em objetos específicos;
  • Contato visual pouco frequente;
  • Expressões faciais limitadas;
  • Ausência de vocalizações;
  • Falta de resposta ao chamado;
  • Inabilidade de reagir a estímulos sonoros.

Em alguns casos, a criança pode aparentar um desenvolvimento típico nos primeiros dois anos e, posteriormente, apresentar sinais de autismo. 

Especialistas denominam esse padrão como autismo regressivo.

Além disso, os sinais mais comuns do TEA, conhecidos como “díade do autismo“, podem ser observados quando a criança enfrenta desafios na comunicação e interação social, manifestado dificuldades ou até mesmo ausência da fala. 

Em muitos casos, crianças autistas demonstram compreensão limitada da linguagem, utilizando frequentemente a fala em eco (repetindo palavras) e apresentando dificuldades na entonação e no uso de linguagem de forma estritamente literal.

A falta ou ausência de contato visual é observada desde os primeiros anos de vida, com as crianças autistas muitas vezes evitando fixar o olhar nos olhos do outro durante interações, atenção compartilhada ou conversas. 

Além disso, podem encontrar dificuldades em expressar-se por meio de gestos, expressões faciais e linguagem corporal.

A imagem corporal rígida, exagerada ou que se desvia dos padrões sociais convencionais também está relacionada à dificuldade em coordenar a comunicação não verbal com a fala.

A dificuldade de interação abrange desde a infância, manifestando-se na incapacidade de brincar com outras crianças, fazer amizades, iniciar interações e estabelecer relacionamentos sociais em geral.

Os prejuízos na interação social persistem ao longo do desenvolvimento, com muitos autistas, mesmo na fase adulta, enfrentando dificuldades no processamento de respostas em situações sociais mais complexas. 

Isso inclui a dificuldade em discernir quando participar de uma conversa, filtrar informações apropriadas para compartilhar e compreender nuances como ironias, mentiras e brincadeiras. 

Essas habilidades sociais são raramente dominadas por pessoas diagnosticadas com autismo.

A criança exibe padrões restritivos e repetitivos, evidenciados por uma fixação ou fascínio por objetos específicos. 

Isso geralmente se manifesta por meio da criação de hábitos rotineiros e pela atração persistente por temas, brinquedos, objetos ou personagens particulares. 

É comum observar o uso peculiar de brinquedos que despertem seu interesse, assim como um fascínio por luzes e objetos que piscam e giram.

Adicionalmente, podem manifestar-se através da reprodução de movimentos repetitivos com o corpo ou na fala, conhecidos como estereotipias e/ou ecolalia. 

No âmbito dos movimentos corporais, a criança pode abanar as mãos, estalar os dedos e balançar o corpo de maneira característica. 

Já na fala, é possível notar a ecolalia de palavras, frases e letras, indicando a repetição mecânica de linguagem ou sons que tenham ouvido anteriormente.

  1. O Que se Assemelha ao Autismo, Mas Não é?

É comum ocorrer confusão entre o autismo e outros transtornos de desenvolvimento quando os cuidadores começam a comparar os marcos de desenvolvimento de uma criança com os de outra.

Embora existam etapas esperadas à medida que a criança interage e se conecta com o mundo ao seu redor, é fundamental lembrar que cada processo é singular, não havendo uma fórmula padrão para o despertar de cada fase. 

Cada criança percorre caminhos únicos de descobertas e aprendizados.

Ressalta-se a importância de reconhecer que outros transtornos neurológicos, que podem ser erroneamente associados ao autismo, também requerem a atenção dos cuidadores. 

Isso assegura que a criança possa desenvolver-se de maneira saudável, explorando todas as possíveis oportunidades de aprendizado.

  • Hiperlexia

Embora a hiperlexia possa ser considerada uma característica presente em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), não deve ser simplificada apenas como tal. 

Conhecida como a síndrome de leitura precoce, esse distúrbio manifesta-se quando a criança demonstra habilidade com letras e números antes do esperado. 

Entre os 18 meses e 2 anos, a criança desenvolve um interesse precoce por números e letras, chegando a compreender o significado deles, mas isso pode resultar em atrasos em outras áreas do desenvolvimento. 

Três sinais distintos da hiperlexia incluem:

  • Capacidade precoce de leitura;
  • Dificuldade em lidar com a linguagem oral;
  • Inadaptação social nos comportamentos.

A hiperlexia muitas vezes é associada erroneamente ao autismo, devido ao estereótipo de ‘super gênio’, um dos mitos relacionados ao TEA.

  • Hiperatividade

Outro transtorno que pode ser confundido com autismo é a hiperatividade. 

Cada pessoa com TEA é única, e nem todas apresentam as mesmas características. 

Embora a hiperatividade seja observada em alguns casos de TEA, ela também é uma característica de outros transtornos, como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). 

As características da hiperatividade incluem:

  • Dificuldade em se concentrar;
  • Dificuldade no aprendizado;
  • Inquietação;
  • Movimentação constante dos pés e mãos;
  • Dificuldade em permanecer sentado ou no mesmo lugar;
  • Fala excessiva.

Síndrome do X Frágil

A Síndrome do X Frágil, embora compartilhe semelhanças com o autismo, apresenta uma diferença crucial em sua causa:

Na Síndrome do X Frágil, a genética é a responsável, podendo ser detectada por meio de exames de sangue específicos.

Por outro lado, o autismo não possui uma causa identificada, embora esteja relacionado à genética e fatores ambientais. 

O TEA não é diagnosticado por meio de exames, sendo necessária uma avaliação clínica detalhada no histórico da pessoa e da família.

  1. Como Identificar Traços de Autismo no Meu Filho (a)?

Ao notar indícios de autismo, é crucial buscar a avaliação de profissionais capacitados para determinar a situação da criança e determinar se ela está no espectro autista

É importante compreender que o diagnóstico não é um processo imediato; é necessário compreender a realidade em que a criança está inserida e identificar as dificuldades enfrentadas ao longo de sua jornada de desenvolvimento.

Embora existam testes online disponíveis, é fundamental destacar que eles não fornecem um diagnóstico definitivo de autismo

No entanto, essas ferramentas podem orientar as famílias sobre a importância de buscar o suporte profissional. 

É crucial lembrar que nenhum diagnóstico deve ser baseado exclusivamente em testes virtuais.

Se você suspeita que sua criança pode estar no espectro autista, considere responder ao formulário do M-CHAT. 

No entanto, é fundamental consultar um profissional para uma avaliação detalhada e precisa.

autismo
  1. TDAH e o Autismo: Entenda a Relação 

Quando uma criança em idade escolar enfrenta dificuldades para se concentrar nas tarefas escolares, é crucial investigar as possíveis causas desse comportamento, que podem apontar para a presença do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Sintomas como dificuldade em se concentrar nas atividades, inquietação e incapacidade de manter o contato visual são indicativos do TDAH, sendo estes os mais comuns entre os transtornos do neurodesenvolvimento. 

Entretanto, esses sinais também podem sugerir a presença do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Antes de chegar a um diagnóstico de TDAH, é importante compreender que TDAH e autismo podem ser confundidos, podendo até coexistir.

O TDAH é classificado em três tipos: hiperativo-impulsivo, desatento ou a combinação de ambos, sendo este último o mais comum, caracterizado por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. 

O diagnóstico geralmente ocorre em torno dos 7 anos, e os meninos têm maior probabilidade de serem diagnosticados com TDAH em comparação às meninas.

Por outro lado, o Transtorno do Espectro Autista é uma condição que afeta cada vez mais crianças, com sintomas que impactam o comportamento, desenvolvimento e comunicação.

Os estágios iniciais frequentemente levam à confusão entre TDAH e TEA, já que ambas as condições podem resultar em dificuldades de comunicação e concentração. 

Apesar das semelhanças iniciais, são distúrbios distintos.

Quando ocorrem simultaneamente, a distinção entre os sintomas de TDAH e TEA torna-se desafiadora, e algumas crianças podem ser diagnosticadas com ambas as condições. 

A coexistência dessas doenças pode levar a dificuldades de aprendizagem e um impacto mais significativo nas habilidades sociais em comparação com aquelas que têm apenas um dos transtornos.

Por muitos anos, a comunidade médica hesitou em diagnosticar simultaneamente TDAH e TEA, mas mudanças no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) em 2013 reconheceram a possibilidade de ocorrência conjunta dessas condições. 

Estudos indicam que entre 30 a 50 por cento das pessoas com TEA também apresentam sintomas de TDAH, embora as causas e a frequência dessa coexistência ainda não sejam completamente compreendidas.

Genética é apontada como uma possível ligação entre ambas as condições, mas mais pesquisas são necessárias para aprofundar o entendimento da relação entre TDAH e TEA.

  1. Recebendo o Tratamento Adequado

O passo inicial para proporcionar o tratamento adequado às crianças é obter um diagnóstico preciso, muitas vezes necessitando da orientação de um especialista em transtorno de comportamento infantil.

Os pediatras e clínicos gerais frequentemente carecem de treinamento especializado para compreender a complexidade dos sintomas, o que pode resultar na negligência de condições subjacentes, tornando o tratamento mais desafiador.

A gestão dos sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) não apenas auxilia no controle desses sintomas, mas também pode impactar positivamente os sintomas do Transtorno do Espectro Autista (TEA)

As técnicas comportamentais desempenham um papel crucial, enfatizando a importância de um diagnóstico e tratamento apropriados.

A terapia comportamental surge como uma opção para tratar o TDAH, sendo recomendada como a primeira linha de abordagem para crianças com menos de 6 anos. 

Para aquelas com mais de 6 anos, a terapia comportamental pode ser combinada com medicamentos.

Essa terapia também é aplicada no tratamento do TEA, enquanto medicamentos podem ser prescritos para aliviar os sintomas. 

Em casos de coexistência de TEA e TDAH, medicamentos destinados a tratar os sintomas do TDAH podem, em alguns casos, também reduzir os sintomas do TEA.

É possível que o médico precise experimentar diferentes tratamentos antes de encontrar aquele que melhor gerencie os sintomas, ou até mesmo empregar vários métodos simultaneamente.

Tanto o TDAH quanto o TEA são condições de longo prazo que podem ser gerenciadas com tratamentos personalizados para cada indivíduo. 

A abordagem terapêutica pode necessitar de ajustes ao longo do tempo, à medida que a criança cresce e os sintomas evoluem.

O entendimento científico da conexão entre essas condições está em constante aprimoramento. 

Novas pesquisas podem proporcionar mais insights sobre suas causas e opções de tratamento adicionais. 

Um diagnóstico preciso continua sendo essencial para a implementação de um tratamento eficaz. 

Portanto, é crucial discutir todos os sintomas da criança com o médico para garantir uma avaliação precisa.

Se houver dúvidas remanescentes sobre TDAH e autismo, entre em contato hoje mesmo com a nossa equipe!

  1. Como Uma Advogada Irá Te Ajudar Com os Seus Direitos

A atuação de uma advogada especialista torna-se crucial em um cenário jurídico complexo, especialmente em áreas sensíveis como os direitos da pessoa com autismo

O conhecimento aprofundado da advogada é fundamental para garantir eficácia e precisão nas questões legais relacionadas ao autismo

A expertise vai além do aspecto técnico, incluindo uma compreensão das questões sociais e emocionais envolvidas. 

Essa abordagem holística permite uma representação legal mais sensível, considerando não apenas os aspectos legais, mas também os impactos práticos na vida das pessoas com autismo

Além de litígios, a advogada especialista oferece orientação preventiva, educação legal e defesa proativa dos direitos, contribuindo para um tratamento justo e igualitário no sistema jurídico. 

Em resumo, a presença de uma advogada especializada não apenas é uma escolha sábia, mas garante que as complexidades específicas dos casos relacionados ao autismo sejam adequadamente compreendidas e abordadas.

Conte com a ajuda de uma advogada especialista, entre em contato conosco hoje mesmo!

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Elisangela Coelho

OAB/RJ 199.064
OAB/ES 32062

Fundadora do Coelho Advocacia. Com uma origem humilde com vasta experiência em Direito Previdenciário e com a missão de ajudar milhares de pessoas a alcançarem os seus benefícios previdenciários.

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